Novos conhecimentos, que se chocam com as expectativas, são freqüentemente discutidos pelos meios de comunicação de massas. Mas, este tipo de intercâmbio é conduzido um pouco ao acaso, como parte integrante da vida social. O seu resultante é um lastro de conhecimentos amplamente difuso que chamamos de ‘senso comum’. O conhecimento científico difere do senso comum por ser o produto de observações propositais, sistematicamente comunicadas e discutidas por especialistas, que possuem extenso saber tido como provavelmente verdadeiro. O conhecimento científico é deste modo submetido a um exame coletivo meticuloso e sujeito a discussões, quando colide com parte do saber prévio. Graças à Internet, esta discussão abrange a maioria dos especialistas conectados. É razoável admitir que o conhecimento científico tenha maior probabilidade de ser verdadeiro do que o senso comum, mas seria claramente um exagero supor que qualquer proposição endossada por cientistas seja, só por isso, mais verdadeiro do que proposições sustentadas por leigos. Leia o artigo completo na sessão de inéditos.
Neste pronciamento, Singer afirma sua profissão de fé: "Precisamos aprender a dialogar em português e eventualmente ensinar economia no curso primário, em cursos de fim de semana nas igrejas, sindicatos e clubes. Precisamos ocupar lugar nos meios de comunicação de massa – TV, imprensa – e interagir com profissionais de outros saberes para dar à democracia eleitoral sua chance. Minha profissão de fé"
"O aumento da criminalidade violenta suscitou, no Rio de Janeiro, a ideia de que a universidade deveria apoiar o cooperativismo popular, que já aparecia como quase a única alternativa legal de trabalho e renda para a juventude dos morros e favelas. A primeira ITCP surgiu na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1995. Em pouco tempo, os formadores da Incubadora estavam em atividade em diversos locais da periferia do Rio, onde quer que grupos de interessados solicitassem a incubação de seus empreendimentos." Assim descreve Paul Singer o início do cooperativismo popular como alternativa ao desemprego neste artigo de 2006.
"O combate à corrupção deve ter duas frentes: uma é o desenvolvimento da consciência política do povão, derivado das lutas por mais e melhores serviços públicos para a maioria dos que não têm dinheiro para compra-los no mercado; a outra, é a reforma política que não pode ser o voto distrital (que magnífica a representação dos que têm maioria apenas simples à custa da exclusão total dos minoritários.)"
Neste artigo, escrito em 2008, Paul Singer narra do nascimento à decadência de um partido político de esquerdo, buscando iluminar os processos implicados nessa história e, ao final, sugerindo um possível roteiro para a refundação de um partido de esquerda: "o objetivo maior do partido não é ganhar eleições mas apoiar e potencializar as entidades de luta".