Liderados pelo economista Luis Carlos Bresser Pereira, intelectuais, artistas e ativistas lançaram, no último dia 30 de março, Manifesto que inaugura o Projeto Brasil Nação, com a missão de pensar o Brasil, unir os brasileiros em torno das ideias de nação e desenvolvimento de forma integral: desenvolvimento político, social, cultural, ambiental; em síntese, desenvolvimento humano.
Sobre os pilares da autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do ambiente, busca-se construir um regime desenvolvimentista e social.
O caminho para isso passa por uma política externa independente, a transparência dos poderes da República, diversidade e pluralidade nos meios de comunicação, redução do o custo das campanhas eleitorais, diminuição da influência do poder econômico no processo político, um Poder Judiciário que atue nos limites da Constituição e seja eficaz, polícia capacitada, agindo de acordo com os direitos humanos, o estímulo à participação política e as manifestações que incorporem a diversidade dos brasileiros, ciência, tecnologia, um Estado de bem-estar social amplo, que garanta de forma universal educação, saúde e renda básica, a garantia às mulheres, aos negros, aos indígenas e aos LGBT direitos iguais aos dos homens brancos e ricos, cuidado com as florestas, economia de energia e desenvolvimento de fontes renováveis.
No manifesto são elencadas as políticas públicas de caráter econômico do Projeto, consideradas parte de seus instrumentos, que mostram que há uma alternativa viável e responsável para o Brasil.: 1) Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público, e assegure prioridade à educação e à saúde; 2) Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil; 3) Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva; 4) Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável para empresários e salários que reflitam uma política de redução da desigualdade; 5) Reforma tributária que torne os impostos progressivos
Esses cinco pontos são metas intermediárias, são políticas que levam ao desenvolvimento econômico com estabilidade de preços, estabilidade financeira e diminuição da desigualdade, atendendo todas as classes exceto a dos rentistas.
Paul Singer assinou o manifesto ao lado de Celso Amorim, Raduan Nassar, Chico Buarque de Hollanda, Roberto Schwarz, Fábio Konder Comparato, Laerte, João Pedro Stedile, Wagner Moura, Margaria Genevois, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, Fernando Haddad, Marcelo Rubens Paiva, Maria Victoria Benevides, Ciro Gomes, Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, Alfredo Bosi, Eclea Bosi, Manuela Carneiro da Cunha, Fernando Morais, Leda Paulani, André Singer, Mino Carta, Luiz Carlos Barreto, Paulo Sérgio Pinheiro, Maria Rita Kehl, Paulo Henrique Amorim, Tata Amaral, Eric Nepomuceno, Luiz Felipe de Alencastro, Ermínia Maricato, Marcia Tiburi, Frei Betto e muitos outros.
O Manifesto encontra-se disponível na íntegra e aberto a novas adesões no site http://bresserpereira.org.br/manifesto.asp